O Brasil fechou o 9º dia de competições dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, com quatro medalhas de ouro, além de uma de prata e outra de bronze.
Talisson Glock e Gabriel Geraldo subiram ao lugar mais alto do pódio na natação ao vencerem os 400 m livre (classe S6) e os 50 m costas (classe S2), respectivamente.
No atletismo, Alessandro Silva conquistou o bicampeonato no lançamento de disco (F11). Já Nathan Torquato se tornou o primeiro campeão da história do parataekwondo, ao vencer a disputa na classe K44 para atletas até 61kg.
As outras medalhas do dia vieram com Marivana Oliveira, que levou a prata no arremesso de peso (classe F35), e com Mateus Evangelista, bronze no salto em distância (classe T37).
Com essas medalhas, o país chegou a 19 ouros na competição e está a apenas duas vitórias de igualar a melhor marca de medalhas douradas em uma única edição, alcançada em Londres 2012.
“Eu sabia que eu ia nadar bem. Não sabia o quanto, mas sabia que eu ia nadar bem. É muito bom nadar entre os melhores e com os melhores. Consegui aplicar tudo o que treinei. Estou muito feliz”, afirmou Talisson, depois da prova.
“No futuro, acho que posso nadar para o recorde mundial nesta prova. Eu me vejo fazendo isso. É o meu objetivo, com certeza. Estou muito mais maduro e vou sair de Tóquio realizado”, completou o paratleta catarinense.
Ele fechou os 400 m livre em 4min54s42, superando o italiano Antonio Fantin (4min55s70) e Viacheslav Lenskii, do Comitê Paralímpico Russo (5min04s84).
Gabriel Geraldo, de 19 anos, conquistou sua segunda medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos.
“As três medalhas têm um espaço especial no meu coração. Os 50 m costas é uma prova rápida. A gente tem que aproveitar as vantagens e não podemos errar. Porque qualquer erro pode custar caro”, disse Gabriel.
Ele garantiu a medalha de ouro na prova, disputada na manhã desta quinta no Centro Aquático de Tóquio, com o tempo de 53s96.
Vitória também no atletismo…
Alessandro Silva, de 37 anos, conquistou a medalha de ouro no lançamento de disco F11 (para cegos).
Ele quebrou seu próprio recorde paralímpico com a marca de 43,16 m – a marca anterior era de 43,06m. A prata ficou para o iraniano Mahdi Olad e o bronze para o italiano Oney Tapia.
“Pressão e chuva! Tudo isso deu mais emoção para esta conquista. O Ayrton Senna ganhava na chuva e tem muito brasileiro que trabalha todo dia na chuva. A gente tem que se espelhar nessas pessoas”, disse o medalhista.
… e medalha inédita no parataekwondo
O Brasil conquistou a primeira medalha da história do parataekwondo em Jogos Paralímpicos. Nathan Torquato, da classe K44 até 61kg, venceu o egípcio Mohamed Elzayat.
“Essa medalha dourada é para o Brasil, para a minha família, para a minha equipe e para todos que torceram por mim”, disse Torquato.
“Apesar de ser novo (20 anos) já tenho 17 anos de história nesse esporte. Já lutei no convencional, depois fiz a migração para o paradesporto e foi a melhor escolha que fiz na minha vida”, completou o atleta.
Finais no Futebol de 5 e no Goalball
As equipes brasileiras se classificaram para mais duas finais: no futebol de 5 e no goalball masculino.
No Futebol de 5, em jogo equilibrado e debaixo de muita chuva, os brasileiros venceram Marrocos por 1 a 0, com um gol contra. Enfrentam na disputa pelo ouro a Argentina, no sábado (4), às 5h30 (horário de Brasília).
Já no goalball, a equipe masculina fez uma partida impecável contra a Lituânia, atual campeã paralímpica, e venceu os europeus por 9 a 5.
A briga pelo ouro inédito será contra a China, nesta sexta-feira (3), às 7h30 (horário de Brasília).
Já no feminino, o Brasil foi derrotado nos pênaltis pelos Estados Unidos por 3 a 2, após 11 cobranças. As atletas brasileiras continuam na briga por uma inédita medalha diante do Japão, na sexta-feira (3), à 1h15 (horário de Brasília), na decisão pelo bronze.