Capitais estudam Carnaval sem restrições em 2022; confira planejamentos
Geral
Publicado em 07/10/2021

A menos de seis meses para o Carnaval de 2022, quatro capitais brasileiras já começaram a desenhar os planos para realizar o evento sem restrições de distanciamento social e uso de máscaras contra a Covid-19.

À CNN, as prefeituras de Salvador e Recife afirmaram nesta terça-feira (5) que estudam a possibilidade do Carnaval de 2022 acontecer “desde que a pandemia esteja controlada”.

 

Os prefeitos de São Paulo e Rio de Janeiro sinalizaram também que há chances das cidades celebrarem a festa.

No Carnaval de 2020, as quatro capitais reuniram mais de 42 milhões de pessoas, segundo dados das prefeituras. Em 2021, o evento foi cancelado devido ao novo coronavírus.

Confira o planejamento dessas capitais:

Rio de Janeiro

Carnaval do Rio de Janeiro
/ Fórmula de Eventos

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), disse que acredita que o Carnaval e o Réveillon poderão acontecer sem distanciamento social e máscaras de proteção na cidade. O Comitê Científico do Rio se mostrou favorável nesta terça-feira (5) para a realização das festas.

No domingo (3), Paes já havia dito que, se houver Carnaval em 2022, a festa será realizada sem restrições. Ele ressaltou, porém, que vai depender da situação da pandemia e da manutenção na queda de casos da Covid-19 na cidade.

Segundo estimativa do secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, 65% da população carioca deve ter completado o ciclo vacinal no dia 15 de outubro. O índice é considerado pelo Comitê Científico da Prefeitura do Rio como desejável para as pessoas deixarem de usar máscaras de proteção contra a Covid-19 em locais abertos e sem aglomeração, e a cidade seguir o Plano de Flexibilização.

À CNN, um dos integrantes do Comitê, o médico infectologista Alberto Chebabo informou que a expectativa é de que o Rio conclua a segunda etapa do plano vacinal entre os dias 20 e 25 de outubro, com mais de 65% da população carioca imunizada com a 2ª dose da vacina contra Covid.

A cidade do Rio de Janeiro recebeu mais de 10 milhões de pessoas no Carnaval de 2020.

São Paulo

Primeiro dia dos desfiles das escolas de samba do grupo especial de São Paulo, realizado no sambodromo do Anhembi. Foto: Paulo Pinto/LIGASP/Fotos Públicas / Paulo Pinto

Em São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) alegou que a cidade de São Paulo terá Carnaval apenas se os números da Covid-19 continuarem em baixa e a pandemia estiver controlada. No entanto, o prefeito já disse que a estimativa é que 15 milhões de pessoas participem da folia na cidade.

Ele afirmou que encomendou um estudo aos técnicos da Secretaria de Saúde para que seja possível eliminar a obrigatoriedade do uso de máscaras na capital paulista em áreas externas.

“Tanto o Carnaval de rua quanto o do sambódromo, não conseguiríamos fazer se não houvesse uma preparação antes. Não dá pra esperar até fevereiro para eles começarem a fazer toda a preparação”, disse Nunes. “Todo mundo sabe que temos um compromisso que, se a questão sanitária continuar como está, teremos Carnaval. E, se isso alterar, não teremos”, acrescentou o prefeito.

Em setembro, as escolas de samba da capital paulista receberam aval para se prepararem para o desfile de 2022 no Sambódromo do Anhembi. A autorização foi dada pela empresa responsável pelos eventos e turismo SPTuris.

De acordo com o decreto publicado no Diário Oficial, os desfiles dependem da autorização de órgãos municipais de Saúde e da imunização de pelo menos 70% dos paulistanos.

Salvador

Multidão nas ruas de Salvador, capital da Bahia, durante Carnaval
Multidão nas ruas de Salvador, capital da Bahia, durante Carnaval / Foto: Prefeitura de Salvador/ Divulgação

Já em Salvador, o prefeito Bruno Reis (DEM) também afirmou que “haverá festa”, referindo-se ao Carnaval e ao Réveillon, caso haja patrocinador e condições sanitárias. Em 2020, a capital da Bahia reuniu 16,5 milhões de foliões.

Nesta terça-feira (5), Reis ressaltou que Salvador não registou aumento nos números de casos da Covid-19, diferente de outras cidades baianas. Ele atribuiu o feito ao avanço da vacinação na capital.

Durante coletiva, ao ser questionado sobre o Carnaval do ano que vem, o prefeito disse que Salvador terá Carnaval se houver condições sanitárias.

“Vi ontem São Paulo anunciando que pode ter carnaval com 83% de pessoas com a primeira dose. Nós estamos com 97,6%. Temos condições de fazer. Com as barreiras, revistas, e todas as restrições necessárias, como exigir o cartão de vacinação com a segunda dose”, disse.

Recife

Considerado o maior bloco carnavalesco do mundo, o Galo da Madrugada é marca reg
Considerado o maior bloco carnavalesco do mundo, o Galo da Madrugada é marca registrada de Recife / Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

A prefeitura de Recife instalou uma comissão para planejar o Carnaval de 2022 na cidade. Nesta terça-feira (5), o prefeito João Campos (PSB) ressaltou que a decisão da realização ou não do evento é “estritamente das autoridades sanitárias”.

Embora a gestão do prefeito João Campos tenha instalado nesta terça-feira (5) a Comissão Interna do Carnaval, formada por secretarias do município do Recife que darão as diretrizes para realização do evento, o Carnaval 2022 ainda não está definido.

“A gente está formando, no dia de hoje, a comissão do Carnaval. Vai ser uma comissão constituída pelas secretarias do município com atuação direta na construção e na realização do Carnaval, para que todos os processos burocráticos e administrativos sejam iniciados, garantindo que o Recife estará apto a realizar um grande Carnaval. Lembrando que a decisão da realização ou não do Carnaval é estritamente das autoridades sanitárias”, disse o prefeito João Campos.

Segundo a Prefeitura, o evento dependerá do parecer das autoridades sanitárias.

Em 2020, o carnaval do Recife teve um público de 2 milhões de pessoas durante os cinco dias oficiais da festa, segundo dados da Prefeitura. A administração municipala considerou o evento pré-pandemia como o maior de toda a história da cidade.

(*Com informações de Camille Couto, da CNN, no Rio de Janeiro, e Diego Barros, da CNN, em Recife)

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