Mega da Virada: Confira se sorteio é seguro e como são prevenidas fraudes
Geral
Publicado em 28/12/2021

Em 59 anos de existência da loteria federal no Brasil, muita coisa mudou, mas, a Caixa Econômica Federal, responsável pelo gerenciamento dos jogos da loteria, diz buscar continuadamente aumentar a segurança e confiabilidade no processo de sorteios e premiações.

O banco afirma que toma todos os cuidados para que criminosos não interfiram nas apostas nem gerem prejuízos ao banco ou aos apostadores.

Mesmo assim, algumas dúvidas ainda surgem e muitos brasileiros ficam com o pé atrás quanto aos sorteios. O motivo disso, talvez, seja por alguns golpes que já foram aplicados à loteria e amplamente divulgados pela imprensa.

Sem comprovação

Um deles foi em 2014, quando o suplente de deputado federal Ernesto Vieira de Carvalho Neto, no Tocantins, aplicou um golpe que rendeu à Caixa um prejuízo de R$ 10 milhões. Na ocasião, Ernesto apareceu em uma agência bancária dizendo que havia sido premiado na Mega-Sena.

Neto, porém, não apresentou documento comprovante da aposta, mesmo assim, o gerente da unidade liberou a quantia de R$ 73 milhões. Seis dias depois, uma investigação da polícia descobriu a ação e prendeu Ernesto e o gerente que liberou o valor. Do total, a Caixa conseguiu resgatar R$ 63 milhões.

Atualmente, a tentativa de golpe mais aplicada é contra os jogadores, por envio de spams e notificações falsas de premiações, que usam o tema como isca para outros golpes.

Para além destas tentativas, que, segundo a Caixa, estão aos montes pela internet, o banco garante que aplica diversas medidas para garantir a completa lisura do processo de vendas, sorteios e entrega dos prêmios de todas as modalidades da loteria, que são 11 ao todo.

Presença de público

Os sorteios da Mega-Sena são realizados em locais abertos e com presença do público, sempre no Espaço Caixa, dentro do Terminal Rodoviário do Tietê; no auditório do banco, em Brasília, onde também é permitida a presença de pessoas; ou, ainda, no caminhão móvel, que percorre o país durante o ano.

Esse último foi a alternativa encontrada para democratizar a participação das pessoas e permitir que um número maior de brasileiros verifique a transparência e segurança dos sorteios, afirma o banco.

Segundo a Caixa, além do público presente, todos os sorteios são conduzidos e validados formalmente por empregados da Caixa e por outras duas pessoas do público que atuam como auditores populares. “As bolas utilizadas são de borracha maciça, numeradas e coloridas para facilitar a identificação, possuem o mesmo peso e diâmetro, características verificadas periodicamente pelo Inmetro”, diz o banco em nota.

Sorteios auditados

Outro ponto de atenção é em relação à auditoria. Nesse caso, a Caixa destaca que segue padrões internacionais de segurança, como o selo ISO 27.001, que garante um sistema de gestão da segurança da informação nos moldes da Organização Internacional de Normalização, presente em mais de 160 países.

A Caixa também diz ser credenciada à World Lottery Association (Associação Mundial de Loterias), uma organização que acompanha sorteios em diversos países e que, aqui no Brasil, “comprova que as Loterias se utilizam das melhores práticas do mundo em segurança, assegurando a disponibilidade, integridade, confidencialidade e autenticidade das informações na administração das Loterias Federais”, afirma.

Ao final de cada aferição, as maletas são lacradas em laboratório, com rigor científico, o que não poderia ser feito no próprio local do sorteio.

Essas maletas são abertas somente no momento dos sorteios, na presença do público e sob acompanhamento dos auditores populares, que conferem os lacres e o termo de fechamento lavrado no sorteio anterior”, afirma a Caixa.

Programas sociais

A Caixa justifica tais ações para, também, garantir que parte dos lucros captados pelos jogos sejam, de fato, repassados aos programas sociais, conforme estabelece a Lei nº 10.260.

 

De todo o valor arrecadado, 43% é destinado ao pagamento dos prêmios. Outros 49% a legislação divide da seguinte maneira: 19% para despesas de custeio; 17% aos programas de seguridade social; 9% ao Fundo Nacional de Segurança Pública; 3% ao Fundo Nacional da Cultura; 1% ao Fundo Penitenciário Nacional. O que sobra, cerca de 8%, é dividido entre organizações esportivas, como Comitê Olímpico e Paralímpico do Brasil.

Fonte: CNN Brasil

Comentários