Presidente do Instituto da Mama do RS é nomeada para prêmio internacional de combate ao câncer ao lado de Joe Biden
Saúde
Publicado em 28/09/2021

A presidente voluntária do Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (Imama), Maira Caleffi, foi indicada para um prêmio internacional para personalidades que atuam no controle do câncer. A médica mastologista concorre na categoria da sociedade civil.

A divulgação dos vencedores deve ocorrer entre 25 e 26 de outubro, em Boston (EUA), na Cúpula Mundial de Líderes do Câncer. A doutora Maira Caleffi comentou da honra em ser nomeada.

 

"É um reconhecimento de um trabalho que eu faço voluntariamente junto com a minha prática de medicina. Mesmo que a gente não ganhe, entre 70 indicados já é uma honra", diz.

 

A representante do Imama foi nomeada pela União para o Controle Internacional do Câncer (UICC, na sigla em inglês) por sua atuação, há 30 anos, em campanhas de conscientização sobre o câncer de mama.

"Maira Caleffi tem trabalhado incansavelmente para melhorar os cuidados com a saúde das mamas para mulheres carentes, tanto no Brasil, sua terra natal, como em todo o mundo, por mais de 30 anos", aponta a entidade.

Entre lideranças públicas, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, é um dos finalistas. O americano é mencionado por políticas implementadas na área da saúde quando senador e vice-presidente de Barack Obama, entre 2009 e 2017.

 

 

Câncer e pandemia

 

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), vinculado ao Ministério da Saúde, o câncer de mama foi a principal causa de mortalidade de mulheres com 18.068 óbitos em 2019. Além disso, foram 66.280 casos novos apenas em 2020 no país.

Maira Caleffi classifica a situação de momento como uma "segunda pandemia". Para a mastologista, a crise da Covid-19 fez com que as mulheres diminuíssem a procura por avaliações médicas.

"Estávamos num processo de conquistas, tanto da população em geral quanto gestores públicos e profissionais de saúde em acreditarem no rastreamento. Houve uma queda geral nisso. A gente está falando da pandemia que se anuncia, mas também da pandemia dos cânceres, não só o de mama", alerta.

No primeiro ano da pandemia, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica e a Sociedade Brasileira de Patologia observou uma queda de de 50% a 90%, dependendo do serviço, das biópsias entre março e maio, afetando de 50 mil a 90 mil pessoas.

A coincidência da data de entrega do prêmio com o Outubro Rosa, mês de conscientização sobre o câncer de mama, é uma oportunidade de alerta, explica Maira Caleffi.

 

"O Outubro Rosa tem tudo a ver com isso, um chamamento e um apelo. Todo mundo já sabia, mas tem que lembrar", afirma.

 

A presidente do Imama cita "três perguntas que salvam" em relação ao câncer de mama: se as mulheres já fizeram sua mamografia neste ano, se estão controlando o peso e se mantêm uma rotina de exercícios físicos.

Fonte: G1

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