São Paulo começa a aplicar 4ª dose em pessoas acima de 60 anos em abril
Saúde
Publicado em 11/02/2022

A população acima de 60 anos no estado de São Paulo irá receber a 4ª dose da vacina contra a Covid-19 a partir do dia 4 de abril, informou João Gabbardo, coordenador-executivo do Comitê Científico do estado de São Paulo, em entrevista à CNN nesta sexta-feira (11).

Segundo Gabbardo, esta faixa etária é a única prevista até o momento para receber a 4ª dose. A condição é que a pessoa tenha recebido a 3ª dose da vacina há mais de 4 meses.

“Nesse momento, as evidências e experiências de outros países mostram que esse grupo é o que pode ser mais beneficiado com a 4ª dose. Não temos nenhum outro grupo para fazer previsão”, afirmou.

Para o restante do público, a prioridade em fevereiro e março será endossar as campanhas de 2ª e 3ª dose, bem como concluir o calendário vacinal das crianças, disse o coordenador-executivo.

O estado ainda avalia qual será a vacina utilizada para esta complementação da imunização, mas Gabbardo diz que SP trabalha com a ideia de que “a melhor vacina é a vacina que está disponível”.

 

“Em função de estarmos trabalhando uma dose de reforço, vamos analisar se pode ter uma vantagem utilizar vacinas diferentes para dose de reforço – uma vez que estaríamos utilizando vias diferentes de imunidade no organismo”, explicou.

Quarta dose

A dose adicional do imunizante foi divulgada como medida de enfrentamento à pandemia pelo Ministério da Saúde em 20 de dezembro de 2021, que recomendou a dose extra apenas para pessoas imunossuprimidas acima dos 18 anos e à população idosa.

Segundo nota técnica da pasta, deverá ser utilizada preferencialmente a vacina da Pfizer, de plataforma de RNA mensageiro, e de maneira alternativa, poderá ser aplicado o imunizante de vetor viral, da Janssen ou AstraZeneca.

Na quarta-feira (9), o governador de São Paulo, João Doria, havia afirmado que o estado aplicaria a 4ª dose independente da recomendação do Ministério da Saúde. Contudo, em nota informativa, a pasta afirmou “que até o momento não existem dados suficientes no Brasil para a recomendação de uma quarta dose para a população geral, exceto imunocomprometidos.”

O posicionamento tem sido alvo de debates entre especialistas consultados pela CNN, que tendem a avaliar a atual orientação do Ministério da Saúde como a mais adequada com os dados disponíveis no momento.


Fonte: CNN Brasil

 
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