Os candidatos aos governos estaduais terão, a partir desta sexta-feira, 40 minutos, três vezes por semana, para promover suas campanhas por meio da propaganda eleitoral gratuita exibida no rádio e na televisão.
O horário eleitoral gratuito dos candidatos a governador, senador, deputados estaduais e distritais será exibido às segundas, quartas e sextas-feiras, até 29 de setembro. São 25 minutos em cada programa: no rádio, o horário vai das 7h às 7h25 e das 12h às 12h25; na TV aberta, das 13h às 13h25 e das 20h30 às 20h55. O primeiro turno das eleições está marcado para 2 de outubro.
O tempo dedicado aos governadores ocupa os últimos dez minutos dos programas, começando às 7h15 e 12h15 no rádio e às 13h15 e 20h45 na TV aberta.
Durante seus minutos, rivalizam. A disputa pela atração do eleitorado pelas chapas que concorrem a uma cadeira no Executivo estadual começa já na divisão do tempo de propaganda, que se baseia na bancada de cada partido ou coligação na Câmara dos Deputados.
Levantamento mostra o tempo de rádio e TV de cada candidato a governo estadual, com base nos dados oficiais divulgados pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) das unidades federativas. Confira abaixo o tempo de cada concorrente ou de cada estado:
Discrepância, polarização e equilíbrio
Para garantir tempo no horário eleitoral gratuito, muitos partidos se uniram em coligações, que muitas vezes não coincidem com a corrida presidencial. Em alguns casos, siglas que rivalizam nacionalmente se unem para os pleitos locais – e o contrário também acontece.
No Pará, por exemplo, o governador Helder Barbalho (MDB) reuniu partidos que vão da direita à esquerda no espectro político: PSDB, Cidadania, PT, PCdoB, PV, PP, PSD, PDT, Republicanos, Avante, Podemos, União Brasil, DC, PTB e PSB, além de sua própria legenda, em prol de sua reeleição.
Com isso, o emedebista assegurou 7 minutos e 27 segundos de exposição por bloco de propaganda. Ele é o candidato a governo estadual com maior tempo de TV e rádio nas eleições de 2022.
Em seguida, aparece Clécio Luís (Solidariedade), que disputa o Executivo do Amapá. Ele acumula 6 minutos e 32 segundos. Postulante à reeleição no Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB) ficou em terceiro, com 6 minutos e 14 segundos.
No total, sete candidatos a governador superam 5 minutos em tempo de propaganda. Além dos três citados, Carlos Brandão (PSB-MA), Mauro Mendes (União Brasil-MT), Ratinho Júnior (PSD-PR) e Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) integram a lista. Seis deles disputam a reeleição.
Por outro lado, na Paraíba, apenas 8 segundos separam os períodos de publicidade gratuita de Pedro Cunha Lima (PSDB) e do governador João Azevedo (PSB).
No Ceará, a diferença é de 13 segundos entre Capitão Wagner (União) e Elmano Freitas (PT), que têm 3 minutos e 50 segundos e 3 minutos e 37 segundos, respectivamente.
A competitividade local faz com que Roberto Cláudio (PDT) seja o terceiro no Ceará com maior fatia de propaganda: o pedetista tem pouco mais de 2 minutos e meio por bloco para divulgar sua campanha. No estado, somente três concorrentes têm espaço na propaganda eleitoral gratuita — assim como no Amapá.
Ainda no Nordeste, o Rio Grande do Norte apresenta um horário eleitoral polarizado. Fábio Dantas (Solidariedade) tem 4 minutos e 57 segundos, e a governadora Fátima Bezerra (PT) aparece com 52 segundos a menos. Os demais concorrentes no estado não ultrapassam os 30 segundos.
O Piauí tem panorama semelhante: Silvio Mendes (União Brasil) tem 4 minutos, e Rafael Fonteles (PT), 3 minutos e 50 segundos. Os demais não atingem 1 minuto de propaganda eleitoral.
O cenário é bastante diferente no Acre. Ao todo, cinco candidatos têm mais de 1 minuto de propaganda. Nenhum, porém, atinge os 3 minutos. O candidato à reeleição Gladson Camelli (PP) acumula 2 minutos e 56 segundos; o quinto colocado, Sergio Petecão (PSD), 1 minuto e 20 segundos.
Líderes estaduais
O União Brasil é a legenda que lidera o tempo de propaganda em mais estados, com nove. PSB e PSDB, que têm quatro lideranças, vêm em seguida.
Coligado à chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nacionalmente, o Solidariedade lidera em três estados, mas a menor fatia desse tempo provém do próprio partido, que elegeu 13 deputados federais em 2018. A legenda, porém, costurou alianças robustas no Amapá e no Rio Grande do Norte.
Partidos dos dois candidatos à Presidência com mais tempo de propaganda, o PT não lidera em nenhum estado, enquanto o PL de Jair Bolsonaro tem a maior exposição somente no Rio de Janeiro.
Fonte: CNN Brasil