“Oi, precisamos conversar”: não seja essa pessoa
13/10/2022 10:44 em Saúde

Os brasileiros já são o povo mais ansioso do mundo – você não precisa piorar esta situação

Você, provavelmente, já recebeu uma mensagem curta e objetiva na qual a outra pessoa te diz “Precisamos conversar”. Sem detalhes. Sem informar o tema da conversa. Sem mais. Na mente de quem envia essa mensagem existe todo um contexto, o motivo está claro e, de forma muito prática, bastaria informar ao outro da necessidade da conversa.

O que muitos ignoram é o tanto de ansiedade que uma mensagem como essa pode gerar: de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) os brasileiros já são o povo mais ansioso do mundo – você não precisa piorar a situação.

O ser humano precisa saber: não lidamos bem com falta de informação. Se percebemos que existe uma lacuna a respeito de algum assunto, naturalmente iremos preenchê-la e não será de uma forma positiva, não é mesmo?

Exemplo:

Um amigo combina de ir à sua casa às 20h, e não aparece. Passam-se 15 minutos e nenhuma mensagem. Você liga e ele não atende. O que você pensa?

a) Que o amigo encontrou o amor da sua vida e estão juntos muito felizes em algum lugar

b) Que ele ganhou na loteria e vai sumir por algum tempo até a poeira baixar.

c) Algo ruim deve ter acontecido.

A opção provável é sempre algo ruim

Da mesma forma a ansiedade nos faz pensar em possibilidades ruins quando alguém se limita a enviar uma mensagem dizendo “Precisamos conversar”, mesmo que a intenção de quem a envia seja de, apenas, marcar um happy our, fazer um elogio, revisar um projeto ou, quem sabe, informar ao outro que ele será promovido – mas o coitado não faz ideia!

Ok. E como resolver essa questão? Basta ter uma postura empática com o “ansioso” que receberá a tua mensagem:

- Oi, precisamos conversar sobre xxx – e diga qual é o tema da conversa.

Essa simples atitude irá resumir muito o campo de possibilidades ruins com as quais a pessoa terá que lidar. E, quanto mais informações você puder compartilhar previamente, melhor.

Ah, e se for um assunto que não pode ser tratado via mensagem? Se eu não puder compartilhar absolutamente nada previamente com a pessoa? Pois então fique ciente dos efeitos que poderá causar no outro e, ao menos, tenha a humanidade de realizar essa conversa no menor tempo possível (dentro de minutos, de preferência).

Podemos reduzir a ansiedade dos outros? Provavelmente, não. Mas podemos não piorá-la.

Fonte: Correio do Povo

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