Nova tecnologia na produção e oferta de probióticos.
Saúde
Publicado em 23/08/2023

Startup desenvolve tecnologia para aplicação de probióticos em alimentos.

 

Com o objetivo de ampliar a gama de produtos probióticos no mercado, a Weecaps, startup incubada na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) desde 2020, trabalha na proteção das bactérias probióticas através da tecnologia de microencapsulação. Ainda em fase de testes, o prognóstico é que a aplicação prática da tecnologia chegue ao mercado em 2025, aumentando a gama de produtos probióticos.

Thaiane Marques da Silva, doutora em Ciência e Tecnologia dos Alimentos, é uma das sócias da startup, que surgiu a partir de suas pesquisas durante o mestrado e o doutorado. O término de sua tese aconteceu junto ao início da pandemia, quando discussões sobre imunidade entraram ainda mais em pauta.

"Olhei para essa pesquisa mais com o olhar de mercado, porque o probiótico é benéfico para a saúde. Percebi que tinha um produto que poderia auxiliar na saúde das pessoas", explica. Ao lado dos sócios Cassandra de Deus, Arthur Borges da Silva, Rogério Carvalho de Assis Brasil e Harry James Pacheco de Carvalho, o negócio, que opera no sistema B2B, começou a tomar forma, já que o mercado de inovação no segmento alimentício está em alta, garante Thaiane.

"O mercado está cada vez mais aquecido. A tendência é que as pessoas busquem, cada vez mais, a alimentação saudável", destaca, fazendo um paralelo entre a tecnologia e um bombom. "Explicando de uma forma bem lúdica, é como se fosse uma trufa, onde a microcápsula seria a proteção, a casquinha do bombom, e os probitóticos, ou outro ingrediente - porque podemos microencapsular outros compostos, como vitaminas, sais minerais, óleos - fica no meio como se fosse recheio", pontua a pesquisadora.

Nesta perspectiva, os probióticos, que são micro-organismos vivos benéficos para a saúde, ganham destaque. "O mercado é gigante, ainda mais pensando em probióticos, porque só temos probióticos nos alimentos através dos derivados lácteos. Com essa tecnologia de microencapsulação, conseguimos aplicar os probióticos nas mais diversas matrizes. Hoje, temos testes em três diferentes temperaturas bem distintas, inclusive um produto que passa por forno", conta Thaiane, revelando que os testes estão sendo feitos em produtos de panificação.

Fonte texto: https://www.jornaldocomercio.com

 

 
 
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