Telescópios capturam imagem impressionante de erupção solar
Tecnologia
Publicado em 22/02/2022

Uma imagem impressionante e sem precedentes de uma erupção solar foi capturada pela NASA e pela espaçonave Solar Orbiter da Agência Espacial Europeia (ESA).

É a maior protuberância solar já observada em uma única imagem, juntamente com o disco completo do Sol, disse a ESA em um comunicado divulgado na sexta-feira (18).

 

A erupção solar ocorreu em 15 de fevereiro e se estendeu por milhões de quilômetros no espaço. A imagem foi tirada pelo Full Sun Imager (FSI) do Extreme Ultraviolet Imager a bordo do Solar Orbiter. O Full Sun Imager foi projetado para capturar o disco solar completo mesmo durante passagens próximas do Sol.

“Neste momento, ainda há muita ‘margem de visão’ ao redor do disco, permitindo que detalhes impressionantes sejam capturados pelo FSI em cerca de 3,5 milhões de quilômetros, equivalente a cinco vezes o raio do Sol”, disse a ESA.

“Em 26 de março, numa aproximação mais intensa, na qual a espaçonave estará a aproximadamente 0,3 vezes da distância entre o Sol e a Terra, o Sol preencherá uma porção muito maior do campo de visão do telescópio”.

A ESA descreveu as protuberâncias solares como “grandes estruturas de linhas de campo magnético emaranhadas que mantêm densas concentrações de plasma solar suspensas acima da superfície do Sol, às vezes assumindo a forma de arcos em arco”.

As proeminências solares são frequentemente associadas a erupções de massa coronal – uma explosão extremamente energética de luz, material solar e energia do Sol. Se essas erupçõesforem direcionadas para a Terra, elas podem atrapalhar a tecnologia dependente de satélites e também causam as famosas auroras boreais.

No entanto, neste caso, a erupção de massa coronal estava se afastando de nós.

A ESA disse que as imagens permitiriam que especialistas espaciais entendessem pela primeira vez como eventos como esses se conectam ao disco solar.

O Sol está ficando mais ativo. Ele iniciou um novo ciclo de 11 anos em 2019, e a atividade máxima solar desse período – quando a atividade atinge o pico – está prevista para acontecer na metade de 2025.

É importante entender o ciclo solar porque o clima espacial causado pelo Sol –como erupções solares e eventos de erupção de massa coronal – podem impactar a rede elétrica, satélites, GPS, companhias aéreas, foguetes e astronautas no espaço.

Outros telescópios espaciais, como o satélite ESA/NASA SOHO, frequentemente capturam a atividade solar, mas são incapazes de produzir imagens detalhadas da coroa solar ou da camada mais externa, considerada muito difícil de estudar.

Na próxima semana, o Solar Orbiter e a Parker Solar Probe da NASA realizarão observações conjuntas enquanto a Parker faz sua próxima passagem pelo sol.

 

No ano passado, a espaçonave Parker se tornou a primeira a “tocar o Sol”. Ele voou com sucesso através da coroa solar, ou atmosfera superior, para amostrar partículas e os campos magnéticos de nossa estrela.

Fonte: CNN Brasil

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