Rússia alega atacar apenas bases militares, mas Ucrânia já conta soldados e civis mortos
Internacional
Publicado em 24/02/2022

O exército russo anunciou que os separatistas pró-Rússia do leste da Ucrânia estão conquistando avanços territoriais contra o exército ucraniano. O general Igor Konashenkov, porta-voz do ministério da Defesa da Rússia, afirmou que os rebeldes avançaram três quilômetros na região de Donetsk e um quilômetro e meio em Lugansk.

O militar informou que os separatistas estão lutando e enfrentando o inimigo nesta área do Donbas. Konashenkov assegurou que o exército russo não está atacando cidades ucranianas e está atingindo apenas "infraestrutura militar, instalações de defesa aérea, aeródromos militares e de aviação" com armas de "alta precisão". "A população civil não tem nada a temer", declarou.

Ucrânia reportou a morte de cerca de 40 soldados de suas fileiras e uma dúzia de civis. Em pronunciamento à nação, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou o rompimento das relações diplomáticas com Moscou. 

A invasão

A Rússia iniciou, na madrugada desta quinta-feira (24), uma invasão da Ucrânia, com ataques aéreos em todo o país, incluindo na capital Kiev, e a entrada de forças terrestres ao norte, leste e sul. A ofensiva provocou clamor internacional, ao qual Moscou não deu ouvidos.

Dois dias depois de reconhecer a independência dos territórios separatistas ucranianos no Donbas, o presidente russo, Vladimir Putin, lançou a invasão. "Tomei a decisão de uma operação militar", declarou Putin em um discurso na madrugada. "Vamos nos esforçar para alcançar uma desmilitarizaração e uma desnazificação da Ucrânia", afirmou. "Não temos nos nossos planos uma ocupação dos territórios ucranianos, não pretendemos impor nada pela força a ninguém", assegurou, apelando aos soldados ucranianos "a deporem as armas".

Pouco depois começaram a ser ouvidas explosões em várias cidades ucranianas, da capital, Kiev, a Kharkov, a segunda cidade do país na fronteira com a Rússia. Também ocorrem ataques em Odessa e Mariupol, às margens do Mar Negro. Sirenes de alerta para bombardeios soam a cada 15 minutos em Lviv, a cidade para onde os Estados Unidos e vários outros países transferiram suas embaixadas, e em Odessa.

Fonte: Correio do Povo

 
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