China vai liberar mais de 3 milhões de toneladas de fertilizantes de reservas
Business
Publicado em 15/03/2022

China iniciou a liberação de mais de 3 milhões de toneladas de fertilizantes de suas reservas comerciais em março para a temporada de plantio de primavera no Hemisfério Norte, disse o planejador estatal nesta segunda-feira (14).

Mais fertilizantes serão liberados das reservas para atender à demanda do mercado durante o principal período agrícola, e o governo acompanhará de perto a situação do mercado para garantir oferta e preços estáveis de fertilizantes, disse o Comitê Nacional de Desenvolvimento e Reforma em comunicado.

 

Enquanto isso, Pequim tem se esforçado para fornecer fertilizantes suficientes para seus 300 milhões de agricultores para manter os preços sob controle, já que o país promete reforçar a segurança alimentar em meio à intensificação de preocupações sobre a oferta em meio à guerra da Ucrânia.

O governo desde setembro do ano passado planejava liberar os estoques de fertilizantes em lotes para ajudar a domar os preços descontrolados.

Os futuros de ureia de Zhengzhou atingiram um recorde de 3.342 iuanes (US$ 525,46) a tonelada em meados de outubro, antes de cair para cerca de 2.200 iuanes quando Pequim lançou uma investigação sobre o mercado e impôs requisitos adicionais de inspeção para exportações de produtos fertilizantes.

A produção de fertilizantes da China aumentou 0,8%, para 54,46 milhões de toneladas em 2021, enquanto as exportações caíram 42% em relação ao ano anterior.

Os preços da ureia na semana passada subiram para 2.782 iuanes por tonelada após um aumento nos preços globais de energia, incluindo gás natural e carvão, que são a matéria-prima da produção de fertilizantes.

O bilionário russo do setor de fertilizantes Andrei Melnichenko alertou nesta segunda-feira que uma crise global de alimentos está se aproximando, a menos que a guerra na Ucrânia seja interrompida.

 

Segundo ele, os preços dos fertilizantes estão subindo tão rapidamente que muitos agricultores não podem mais comprar nutrientes para o solo.

Fonte: CNN Brasil

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